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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

S02E11 - A pressão social na China


Sociedade Chinesa - Três estágios de pressão social que transformaram a China em um dos países mais tristes do mundo



Para aqueles que vivem fora da sociedade chinesa moderna, a pressão da sociedade durante todas as fases da vida pode ser um tema interessante. Mas para os chineses que confrontam as dificuldades de viver nesta sociedade, essa pressão pode ser a razão de depressão, infelicidade, e ainda outros importantes problemas psicológicos. Se o governo está ciente deste grave problema social, é difícil ver qualquer tentativa de mudar a situação.

A Organização para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OCDE) fez um estudo com 40 países, e os resultados mostram que chineses e húngaros são os povos mais infelizes entre os países pesquisados. Como explicar um país que se tornará, mais cedo que podemos imaginar, a primeira economia do mundo, e ao mesmo tempo tem uma das sociedades mais infelizes?

Em um ponto de vista de um estrangeiro vivendo e viajando ao redor da China por um tempo, nós poderíamos facilmente listar pelo menos três momentos importantes de pressão social, em diferentes fases da vida, mas nenhum deles menos importante do que os outros. Poderíamos chamá-los de pressão do estudo, pressão do trabalho e pressão do casamento.

A pressão dos estudos

Durante toda a infância e adolescência os chineses sofrem sua primeira importante pressão social, vindo principalmente de seus pais e familiares, mas também de professores e colegas. A pressão para ser sempre o melhor na escola. Não apenas o suficiente para passar na de ano, para obter a nota 5, o bom, ou "Parabéns" do professor. Não, as crianças devem perseguir o excelente, o 10, devem ser sempre o melhor de suas classes, caso contrário, vão começar s sentir que fracassaram. Este ambiente extremamente competitivo, ainda em uma etapa tão jovem da vida, tornam muitas crianças estressadas e criam anomalias como por exemplo escolas que oferecem estimulantes (drogas), durante a preparação para os exames, na tentativa de ajudar seus alunos a alcançar as melhores notas. E estamos falando de adolescentes de 16 ou 17 anos.


Em uma sociedade de mais de um bilhão de pessoas, se você não puder entrar em uma universidade de ponta, muito provavelmente você vai ter mais problemas para conseguir um bom emprego, um bom salário e deixar sua família orgulhosa de você. Portanto, a mensagem de que as famílias chinesas estão passando aos seus filhos, desde o início, é: estude muito, todos os dias, fazendo todos os sacrifícios necessários, seja o melhor. Só assim você vai passar com sucesso por esta primeira fase de pressão social.

Andando em um domingo ensolarado no Palácio de Verão, um dos lugares mais bonitos de Pequim, um sorridente menino de 7 anos de idade veio conversar comigo, orgulhoso de praticar seu Inglês com um estrangeiro, como eu. Depois de pedir para tirar uma foto comigo, ele contou um pouco de sua vida para mim, dizendo que seu pai o ensina Inglês todas as noites durante a semana (que é o único momento do dia em que ele não tem aulas ou outras atividades da escola). Ele também tem aulas de inglês com o pai todo domingo à tardo. Ele tem apenas 7 anos de idade, e eu tive a impressão de que ele não tem muito tempo para brincar ou fazer amigos. Mas ele estava feliz com esse tipo de vida, talvez porque ele nunca teve a chance de ver como poderia ser diferente. Talvez agora, em sua infância, ele não consiga sentir esta pressão social, e a tome como natural em sua vida. Mas muito provavelmente ele a sentirá, em alguns anos.

A pressão do trabalho

O segundo momento de grande pressão social é a pressão de trabalho. Em um mercado de trabalho composto por centenas de milhões de trabalhadores, é sempre um desafio conseguir um bom emprego. Assim, a pressão dos estudos torna-se a pressão do trabalho, quando recém-graduados tentam encontrar as melhores posições no mercado. Com tantos formandos a cada ano, as melhores empresas podem escolher apenas o melhor entre os melhores. Enquanto poucos têm sucesso, muitos vão sentir que falharam novamente ao na tentativa de alcançar uma carreira de sucesso, que lhes permitiria ganhar dinheiro para sustentar suas famílias e seus pais. Mas como essa pressão do trabalho é diferente da pressão nos outros países-capitalista ao redor do mundo? Devido ao seu modelo de desenvolvimento econômico focado na indústria, o mercado na China é extremamente dinâmico e exigente. Infelizmente, não é raro ouvir casos de trabalhadores com depressão, tristes ou até mesmo que cometeram suicídio.


Esta pressão do trabalho não se limita ao ambiente fabril, mas também se estende para todos os outros setores, incluindo o enorme e importantíssimo setor de TI, com milhões de pessoas que lutam para conseguir as melhores posições de trabalho. E se bons empregos significam bons salários, este ambiente competitivo também torna os adultos estressados, infelizes, e sentindo que eles são apenas peças numa grande máquina de desenvolvimento econômico acelerado chinês.

A pressão do casamento

O terceiro principal momento de pressão da sociedade chinesa é a intrínseca relação com sua cultura tradicional. Há muitas gerações, é o filho adulto que tem a responsabilidade de cuidar de seus pais, enquanto a filha se tornará parte da família de seu marido. É claro que isto mudou bastante nos últimos anos, mas o que não mudou tanto é este sexismo das famílias, refletido em quase toda a sociedade, delegando ao homem carregar mais esta pressão e responsabilidade.

Uma nítida comprovação desta diferente tratativa com os dois gêneros é, por exemplo, a regulamentação de que, na maioria das áreas rurais, as famílias têm permissão para ter um segundo filho caso tenham uma menina. Ao que parece, o que o governo está dizendo para a sociedade, com esta política de controle de natalidade, é "você não teve muita sorte, então você pode tentar novamente".

Esta preferência para ter filhos em vez de filhas, somado à esta política de controle de natalidade, cria uma distorção no perfil demográfico da sociedade chinesa. Atualmente o país tem 34 milhões de homens a mais do que mulheres. Com uma concorrência tão grande, muitos têm encontrado grande dificuldade para conseguir se casar, um dos pilares da sociedade familiar chinesa.


Como resultado, para ambos os sexos, é que os homens são pressionados a encontrar boas esposas, além de ter um bom emprego e sustentar sua família, incluindo seus pais. Mulheres são pressionadas a encontrar um bom marido e ter filhos, homens.

Esta terceira etapa de pressão, a pressão para se casar e ter uma família, de preferência com um filho, o casal vai carregar para o resto de suas vidas. As outras duas pressões sobre seus filhos, que os pais também carregam, são somadas a esta pressão de um casamento bem-sucedido, porque o fracasso de seus filhos em serem os melhores na escola e no trabalho é também uma vergonha para suas famílias e seus pais. Vale a pena ressaltar que isto faz com que muitas famílias estejam realmente preocupadas em dar uma boa educação aos seus filhos, em comparação com outros países, como o Brasil. O problema é que esta preocupação na maioria das vezes é exagerada, e se transforma em uma pressão sobre seus filhos. A mesma pressão que os pais receberam quando criança.

Outro resultado desta pressão do casamento é que a porcentagem de divórcio na China é muito baixa, embora seja crescente nos últimos anos. Apenas uma década atrás, os casais precisavam de autorização por escrito de seus empregadores ou comissões de moradores para pedir o divórcio. Um "casamento vazio" ainda é uma das principais razões de depressão e tristeza.

Como a pressão social traz tristeza

Estas três fases principais de pressão - estudo, trabalho e casamento - não representam toda a pressão da sociedade na China. Há também não outras pressões não mencionadas, mas ainda sim importantes, como a pressão para ser bem sucedido e rico; a pressão do governo que censura o que os cidadãos devem, e não devem, ler, pensar, ouvir e dizer, principalmente na internet; a pressão contra a democracia, não permitindo o sufrágio universal; a pressão para transformar o mandarim na língua oficial, mesmo em províncias que têm a sua própria língua há séculos; a pressão sobre as meninas para serem inteligentes e bonitas (não tão diferente do resto do mundo); e ainda outros exemplos de pressão social.


Em uma economia extremamente dinâmica, que tem levado centenas de milhões de pessoas do campo para as cidades, com grande desenvolvimento material,  nas últimas décadas, os desejos e aspirações individuais são postos em segundo plano, enquanto as políticas para toda a nação tem prioridade. No país mais populoso do mundo, com pressão de todos os lados, é difícil o indivíduo ser notado, ser diferente. É quase um paradoxo tentar ter a sua própria personalidade e individualidade - um desejo intrínseco do ser humano - em uma sociedade comunista onde o indivíduo não deve jamais prevalecer sobre a vontade do povo.

Não é preciso explicar como a pressão da sociedade gera estresse e depressão. E como esses sentimentos tornam as pessoas mais tristes, mesmo em uma economia dinâmica e em crescimento como o a chinesa. Por outro lado, o que deve ser discutido é qual seu objetivo, e se alcançá-lo justifica os meios tomados para tal. Em outras palavras, este modelo econômico orientado para o público suprime os desejos individuais, criando diferentes tipos de pressão da sociedade e a tornando mais triste. Este objetivo principal, que é transformar a China em um país mais igualitário e desenvolvido, a partir do modelo econômico adotado, também é responsável por gerar tristeza em grande parte de sua população. Será que neste caso o fim justifica os meios? Há alternativas?


Uma possível resposta é que parte desta pressão já está mudando. Há mais liberdade individual do que havia antes, e os jovens não se importam mais tanto com a opinião de seus pais como seus pais se importavam. A ocidentalização pela qual o país tem passado, resultado da globalização extrema, também está transformando parte da cultura arcaica chinesa, ainda que com atraso, principalmente no que tange o machismo. Mas essas mudanças são lentas, e não mostram efeitos no curto prazo. São necessárias décadas para constatar se os desejos individuais e a mudança nas pressões sociais podem construir uma sociedade chinesa igualitária,  desenvolvida e, não menos importante, mais feliz.

Francisco C. Assumpção

segunda-feira, 16 de julho de 2012

S02E10 - Laos - Vientiane e Caverna de Kong Lo

Sabadii!!

Continuando o relato desta inesperada e incrível viagem para Laos, chegamos em Vientiane, capital do país, e dormimos um dia lá para pegar o ônibus cedo para a vila de Kong Lo.
Neste primeiro dia em Vientiane não fizemos muita coisa. Andamos um pouco pela cidade, pela orla do rio Mekong, que vem nos acompanhando durante toda a viagem, e jantamos num restaurante bem legal perto da nossa Guest House (Mixay Paradise). Aliás, recomendo essa guesthouse. É bem localizada, e o preço com café-da-manhã é bom também.

No dia seguinte pegamos o ônibus, por mais de 7 horas, para a vila de Kong Lo, que fica no centro do país, já a caminho de quem vai para o extremo sul, rumo à 4.000 islands, um lugar maravilhoso, quase já na fronteira com Camboja ao sul, e que infelizmente não conseguimos visitar dessa vez, pois levaria mais uns 3 ou 4 dias tudo isso.

Bom, chegamos no final da tarde na vila de Kong Lo, que já nos surpreendeu com a beleza (já coloquei fotos num álbum no facebook, vejam!). Campos de arroz com montanhas ao fundo, palafitas, rios, céu claro. Muito bonito, mesmo! Foi o lugar mais bonito que vi em Laos nessa viagem.

Uma coisa curiosa aconteceu na viagem de ônibus de Vientiane para Kong Lo Village. No meio do caminho uma das portas das bagagens se abriu e duas malas voaram pela estrada. Adivinhem quais duas malas? A minha e a da Chantal! Nós gritamos e o motorista parou o ônibus. Descemos e fomos recuperar as malas. A minha estava perto, no meio da estrada, e sem avarias. A mala da Chantal, praticamente destruída, estava numa moita, mais de 500 metros atrás! Pelo menos recuperamos as coisas, certo? Continuamos viagem e chegamos algumas horas depois.

Ah, esqueci de dizer que fomos junto com Robert e Christine, que reencontramos em Vientiane. Em Kong Lo achamos uma guesthouse com uma vista simplesmente espetacular, quartos ótimos e bem confortável.
Jantamos numa outra guesthouse próxima e fomos dormir. 
No dia seguinte cedo andamos pela estrada e pela floresta por 1 km até o ponto de onde saem os barcos para a caverna. Encontramos outros viajantes e, em 8 pessoas, dividimo-nos em 3 barcos. Cada barco com no máximo 3 pessoas mais 2 guias. Um na frente iluminando o caminho e o outro atrás manejando o motor.

Em poucas palavras, o passeio por 7 km caverna a dentro foi demais, um pouco assustador, bem legal!
No meio da caverna paramos numa ilha para ver estalagtites e estalagmites, e depois continuamos. Foi uma experiência e tanto!

Voltamos no final da tarde, e saímos para andar pelos campos de arroz e pela vila de palafitas ao lado da nossa guesthous. Ao entrarmos nessa vila, cheia de ruas estreitas de lama, minha impressão foi de que poucos ou nenhum viajante entra lá. Todos os locais nos olhavam como se fossemos bichos num zoológico, nos cumprimentando. E as crianças vinham correndo brincar com a gente. Mais uma experiência de vida, ver como mesmo tão pobres (eu digo, sem riquezas materiais), ainda sim eles vivem bem, e felizes, num lugar paradisíaco.

Vimos o por-do-sol literalmente no meio de um campo de arroz, e voltamos para jantar com outros viajantes que encontramos, numa outra guesthouse perto da que estávamos hospedados.

No dia seguinte, antes das 7h, pegamos o ônibus de volta para Vientiane, um pouco sentidos por ter que deixar aquele lugar maravilhoso, com belas paisagens e uma sensação de tranquilidade indescritível.

Bom, chegamos de volta em Vientiane por volta das 14h. O resto do dia andamos um pouco pela cidade e jantamos um peixe assado na brasa num lugar bem legal e barato, que estava ótimo!

No dia seguinte de manhã fui à embaixada da China fazer o pedido do visto. Paguei 52USD para ficar pronto no dia seguinte. voltei para o hostel, alugamos uma moto automática e fomos para o Buda Park, que fica há uns 25km de distância da cidade. O lugar é pequeno, mas bem impressionante, com estátuas gigantes de cimento e pedra de divindades, animais, do buda, etc. Passamos o resto do dia lá, almoçamos num restaurante ao lado. Todo o lugar fica logo em frente ao rio, e na outra margem desse rio já é a Tailândia!

A noite andamos um pouco pelo night market local, também na orla do rio, e jantamos num lugar perto do nosso hostel, onde encontramos por acaso o mesmo grupo de senhores australianos e viajantes que tínhamos encontrado na vila de Kong Lo! Após muitas histórias de vida e aventuras, voltamos cansados para o hostel.

No dia seguinte, dia 12 de julho, quinta, a Chantal pegou um voo para Malásia, seguindo viagem depois para Sri Lanka, e eu peguei meu visto (uhuu) e às 13h um ônibus para Kunming (China), com quase 30 horas de viagem bem cansativa, mas novamente num ônibus leito!

Em Kunming tive problemas para conseguir comprar bilhetes de trens, todos lotados para os próximos vários dias, então acabei comprando passagem de avião para domingo. Com isso tive o sábado livre para andar bastante pela cidade, entrar em alguns parques, sendo o mais legal que eu fui o parque do Green Lake, perto do hostel que fiquei (Lost Garden, vale a dica!).
O parque tem lagos bonitos, muito bambu, bem estilo chinês mesmo. Um senhor de uns 70 anos sentou-se ao meu lado para conversar, falando sobre a vida e me perguntando várias coisas. Foi mais uma experiência. Jantei na rua e voltei para dormir no hostel.
No domingo peguei um ônibus para o distante novo e suntuoso aeroporto de Kunming, e depois de poucas horas, aterrissei novamente em Beijing, e depois de mais uma hora de metrô e ônibus, cheguei finalmente em casa.

Hoje, segunda-feira, 16 de julho, completo exatos dois meses aqui na China. Tantas coisas já passaram, tanta coisa já fiz, e ainda sim só passaram dois meses. Valeu mais essa impressionante experiência de viagem ao Laos! Vou sentir saudade das pessoas que conheci na viagem, principalmente de Robert e Christine, que nos acompanharam por quase todos os lugares.

Agora é voltar à rotina (ou falta de rotina), das aulas de chinês, busca de trabalhos, futebol aos fds, baladas e novos amigos!

Fotos nos álbuns de Kong Lo e Vientiane no facebook!

Zàijiàn!

quinta-feira, 12 de julho de 2012

S02E09 - Primeiros dias em Laos (Luang Prabang e Vang Vieng)

Sabadiiiii!!! (oiii em Lao)



Depois de uma longa mas não tão cansativa viagem de Kunming até Luang Prabang, no norte do Laos, de ônibus, por mais de 24 horas, cheguei no domingo dia 01 de Julho, a noite.

Esta pequena cidade de Laos era a antiga capital, e é marcada por seus mais de 35 templos, sua beleza natural em volta e sua religiosidade budista e tranquilidade, já que às onze da noite tudo se fecha na cidade, e (em teoria) não é permitido você ficar andando pela cidade e chegar no seu hostel após a meia noite.

As mulheres tem que se vestir propriamente, ou seja, sem mostrar muito os braços e as pernas, principalmente dentro dos templos, e de modo algum elas podem tocar nos vários monges budistas andando pela cidade com suas vestes laranjas.

Nesses dois dias em Luang Prabang encontrei com a Chantal e um casal de alemães que estão viajando juntos pelo mundo por um ano! (Robert e Crisy). Vamos sentir saudades deles, já que viajamos juntos por quase todo o resto do tempo em Laos.
Na primeira noite fomos jantar no night market e andamos pela cidade. A comida é extremamente barata aqui. A cotação é 1 euro = 10.000 kip. E gastávamos em média 10 a 15 mil kips no jantar! Barato né?

No dia seguinte, segunda, pegamos um tuk tuk (moto improvisada com uma caçamba coberta para virar um "táxi", para uma cachoeira incrível há uma hora de distância da cidade. Passamos o dia lá, subindo a trilha e até entramos em baixo da cachoeira, e voltamos no final do dia. Na terça alugamos umas bicicletas e ficamos andando pela cidade, visitando templos, fomos até a estação de ônibus comprar nossas passagens para Vang Vieng (próximo destino) e coisas do tipo. A rua principal da cidade tem vários restaurantes e lojas bem legais, e fica bem movimentada a noite, com locais e turistas, quando fecham parte da rua e a transformam num mercado de roupas, souvenirs, comidas, etc.
Fiquei impressionado como muita gente por aqui fala inglês (turismo crescendo!), principalmente porque o alfabeto de Lao é completamente diferente do inglês, e a pronúncia também. Interessante pensar que o turismo em Laos só começou pra valer em 1990, ou seja, é muito recente!
Mas a cada ano mais e mais gente está vindo para esse país, que tem uma floresta muito preservada. Na verdade o país inteiro pode ser dividido em floresta com montanhas e plantações de arroz, com algumas casas e vilas perdidas no meio..
Na terça a noite fomos num bar chamado Utopia, muito legal, que fica na beira do rio de lá

Bom, na quarta pegamos o ônibus cedo para Vang Vieng. Uma longa e cansativa e enjoada viagem de umas 7 horas, até essa cidade, que é destino certo de todos os jovens viajantes, porque tem um rio-balada aqui.
A coisa funciona assim, você pega um tuk tuk até um lugar há uns 15km ao norte da cidade, e começa a descer o rio de boia-cross. No caminho, no rio, há vários bares onde você vai parando, fica umas horas, e volta para o rio, para parar no próximo bar. Os bares tem atrações como escorregador para a água, tirolesa, cordas, trampolins, colchão de ar etc. Cada bar tem uma especialidade, portanto é legar tentar parar em vários diferentes. O passeio dura o dia todo também, e o aluguel da boia custa 55mil kip. Vale bem a pena! Fizemos esse passeio na quinta.
Na sexta nos separamos por um dia de Robert e Crisy e fomos fazer um kaiake, no mesmo rio do boia-cross. O legal dessa vez é que antes do caiaque você faz um boia-cross dentro de uma caverna, bem legal, que me lembrou um pouco um trem-fantasma de parque de diversões. O almoço é incluído feito pelos guias, e o kaiaque de volta para a cidade demora mais umas duas horas. Valeu muito a pena também. O único revés é que nos queimamos muito no sol, porque era um kaiaque aberto. No caminho também viramos o kaiaque duas vezes, hehehe. Mas estávamos com colete salva-vidas, e o rio era bem tranquilo, e com guias nos acompanhando todo o tempo também!

Legal de Vang Vieng também é que tem uma party-island (ilha-balada)!! Sim, no meio do rio, com vários bares bem movimentados a noite (os templos budistas não ficam muito longe também... hehe).
O bar que escolhemos ir nesse dia foi o Smile, e a frase deles, estampada em várias camisetas dos turistas por toda a cidade, é: "Smile Bar: Drink Triple, See double, Act Single"!! hahaha, muito bom!

No sábado acordamos cedo para pegar o ônibus para descer mais ao sul do país, para a capital Vientiane (não confundam com Vietnã). A cidade de Vientiane fica na fronteira com a Tailândia, e é meio que um ponto de parada obrigatório, porque liga todas as outras cidades turísticas do norte ao sul de Laos. Em Vientiane encontramos novamente Robert e Crisy!

De Vientiane fomos para a caverna e voltamos. Mas isso fica para o próximo capítulo.
Agora já estou voltando para Beijing, mas conto essa aventura também no próximo.

Um abraço a todos e vou colocando as fotos no facebook. Quem não conseguir acessar (já que as fotos só podem ser vistas por amigos), me adicione lá! Francisco Assumpção

Zàijiàn! Kopchái!!

terça-feira, 3 de julho de 2012

S02E08 - Indo para Laos, primeira parada: Kunming

Nimen hao!

Não, vocês não leram o título errado! Estou indo viajar por umas três semanas para Laos, e aproveito para renovar meu visto de turista da china, já que o de estudante ainda não saiu e está dando trabalho.

Nesta última sexta trabalhei de manhã, passei para pegar meu passaporte no PSB e fui direto para o aeroporto. Meu voo atrasou quase três horas e acabei chegando muito mais tarde do que o planejado em Kunming, uma enorme cidade com quase 9 milhões de pessoas bem no sul da China, na província de Yunan. Meu plano inicial era tentar pegar um ônibus sentido sul já na mesma noite, mas como cheguei tarde não era mais possível.

Para complicar, o aeroporto que cheguei não era o que eu pensava, dentro da cidade, mas sim ficava quase vinte km do centro! Minha "sorte" foi encontrar dois irmãos americanos muito gente boa, tão (ou mais) perdidos que eu, que toparam dividir um táxi até a cidade, já que não tinha outro jeito de ir. O táxi foi caro, 120kuai, e fiquei feliz de dividir e pagar "só" 40. Como não tinha nada reservado acabei indo para o hostel (bom) que eles estavam. Cheguei, dormi e acordei logo às 6h para ir para a rodoviária tentar comprar uma passagem.

Minha segunda surpresa foi descobrir que, primeiro, têm 3 rodoviárias aqui, e segundo, a rodoviária sul, que eu tinha que ir, não era onde eu imaginava. Peguei dois ônibus de linha, e mais de uma hora e meia depois cheguei na rodoviária. O curioso foi que no segundo ônibus eu não tinha dinheiro trocado, e como também não há cobrador (só uma caixa para depositar a grana) o motorista me levou sem pagar o "absurdo" valor de 2kuai, hehe.

Bom, chegando na rodo minha dúvida era saber se tinha lugar, para quando, e se eu conseguiria pegar um ônibus direto até meu primeiro destino em Laos, ou se precisaria pegar um ônibus até Jinghong (mais ao sul da China) e de lá tentar comprar o trecho seguinte.

Felizmente consegui uma passagem direto para a cidade de Luang Prabang, no centro norte de Laos. O único porém é que só há um ônibus partindo por dia, às 18h30. Como ainda era umas 9h, eu ainda tinha muito tempo para mofar, hm quero dizer, aproveitar, na rodoviária daqui, já que de jeito nenhum eu faria a "viagem de volta" até o centro de kunming para voltar a tarde.

Aproveitei para andar um pouco pelas ruas em volta, comer, e comprar algumas coisas como shampo e pasta num shopping gigaaante que tem aqui do lado. O curioso desse "shopping" é que ele tem cinco andares e cada um é especializado em alguma coisa. Um andar inteiro, por exemplo, só de sapatos, com dezenas (ou centenas, não sei) de pequenas lojas vendendo praticamente a mesma coisa! Não entendi muito o sentido, e o lugar inteiro estava bem vazio para padrões chineses. Mas fiquei contente de ver que meu chinês está melhorando e já consigo me virar para essas coisas de fazer compras, pedir comida, pegar ônibus, comprar passagem e etc!

Depois de comprar algumas coisas voltei para a rodoviária passar a tarde até o horário do ônibus. Minha sorte é que trouxe meu note, com alguns episódios da última temporada deHouse que ajudaram a passar o tempo.

Bom, peguei o ônibus às 18h30, com previsão de chegar no dia seguinte (domingo) às 22:30, ou seja, após mais de 28 horas de viagem. Cansativo? Talvez, mas nessa altura da vida já estou "vacinado" para essas viagens longas, hehe. Algumas que já fiz:
- 54 horas de Campinas até são luís do maranhão. Ônibus sem ar condicionado.
- 26 horas Campinas para Corumbá-MS, pegando logo em seguida o trem da morte para Santa Cruz (Bolívia), com mais24 horas.
- 44 horas de Campinas até Belém, com a volta também de ônibus para Brasília.
- 22 horas para Porto Alegre, no FSM em 2005, e volta, de ônibus.
- 3 dias, parando para dormir, de São Carlos até Prado-BA, de carro.
- 48 horas de trem na última classe possível (banco, luzes acesas, completamente lotado) para Lhasa, Tibet, em 2009. A volta demorou a mesma coisa, para Chengdu.
- 24 horas de São Carlos até Pantanal, de caminhonete, onde paramos, se bem me lembro, apenas duas vezes para ir ao banheiro.
- 26 horas de carro, praticamente direto, de Fort Wayne, até mesa verde, nos EUA.
- 3 dias de uyuni (bolívia) até buenos aires, de ônibus, parando para dormir uma noite. Detalhe. No começo da viagem um rio transbordou, e ficamos parados na estrada, no meio do nada, por 10 horas, até sermos "salvos" por um trem que passou ao lado e nos deu carona, não sem antes ter que atravessar o rio com água até os joelhos e carregando nossas malas, para conseguir subir no trem.
... E mais outras viagens longas que
também valeram a pena.

Qual é o segredo? Paciência, imaginação, desprendimento com muita higiene e, se puder, leve um (ou mais) bom livro com você!
E assim foi o primeiro trecho da viagem para Laos, que começou na sexta a tarde em Beijing, e acabou no domingo a noite em Luang Prabang!

Até o próximo capítulo!
Zaijian!

quarta-feira, 20 de junho de 2012

S02E07 - Primeiro mês em Beijing

Nimen hao!
a muralha no dia do TEDx China

Se eu demorei para escrever esse capítulo definitivamente não foi por falta de assunto, muito pelo contrário! É que esse primeiro mês aqui (completado no dia 16/6) foi tão corrido que não consegui parar para escrever. E passou tão rápido, pelo menos para mim, que não faria mesmo sentido se eu fosse ficar apenas até agosto. O plano, pelo menos por hora, é ficar até o final do ano.

Uma das primeiras providências que tomei foi em relação ao meu visto. Logo na minha segunda terceira semana aqui já me inscrevi numa escola de chinês, onde tenho aula de segunda a sexta das 18 às 19h30, e assim consegui pedir um visto por 6 meses. É para eu receber meu passaporte de volta com o novo visto nesta quarta, mas estou um pouco apreensivo com esta história dos estrangeiros por aqui, tem ficado mais difícil de conseguir um visto. Espero que de certo pois meu visto de turismo expirou no último dia 16, hehehe.

Bom, fora isso consegui um quarto legal aqui em wudaokou, um bairro bem universitário aqui no nordeste de Beijing. Divido o apê com Leon (chinês), Jairo (colombiano) e Moea (francesa).
Minhas aulas de chinês estão um pouco difíceis porque entrei numa turma que está estudando todos os dias há oito meses. Mas aos poucos vou conseguindo acompanhar a sala.

Aqui em wudaokou (wdk) tem muitos bares e baladas diferentes e já fui em muitos lugares diferentes. Uma curiosidade. Numa das baladas aqui (wu club) eles cobram entrada para chineses mas não para estrangeiros! Eu sei que não é justo, mas adorei isso, já que pra quase todo o resto acontece o contrário.

Quanto a comida estou conseguindo me virar bem. Já matei a saudade de quase tudo que eu gostava de comer em Chengdu (principalmente Jiaozi e hotpot). Miguel ainda não achei o arroz frito da Vandame street! Contínuo na busca, haha! De modo geral os chineses colocam pimenta na comida da mesma forma que colocamos sal, que os italianos colocam azeite, os americanos molho barbecue, etc.. Ou seja, muito!
Eu dei muita risada quando fomos semana passada num restaurante bem legal aqui, onde você escolhe várias carnes e vegetais e eles fritam tudo e te servem na mesa numa frigideira gigante. O engraçado era a escala de pimenta que você podia optar como tempero. Partindo de extremamente apimentado, muito apimentado, apimentado, ok, pouco apimentado e muito pouco apimentado! Reparem, não tem na escala a opção sem pimenta! Demais isso não? Claro que pedimos muito pouco apimentado, mas mesmo assim estava forte pra mim!

Outra coisa boa com relação a comida é o preço dos restaurantes japoneses (que eu adoro). Você gasta entre 22 a 58 kuai em bons restaurantes! (pra ter uma ideia em real, dividam por três)

Outra coisa muito boa é o chá gelado chinês, que é ótimo, saudável e barato! E também as frutas. Lichias (com x ou ch?) e cerejas, por exemplo, que aqui são muito mais baratas que no Brasil.

Trabalho: Por enquanto tenho conseguido pagar as contas através de uns freelas, geralmente relacionados a revisão de traduções para português, teste de celular, edição de gravações e coisas do tipo. Até que eles pagam bem. Já recebi de 60kuai até 150kuai por hora.
Ah, até um trabalho de figurante em comercial de tv eu consegui! 
Continuo procurando trabalhos mais relacionados à minha área (que é...?), mas confesso que se eu conseguir vou sentir falta desta liberdade, falta de rotina e poder escolher quando e se trabalhar, que tenho agora com esses freelancer. E querem saber a verdade? Acho que ganho mais com esses freelas do que num trabalho full time. Mas claro, sem a tranquilidade de saber que no fim do mês sempre cai o salário. Tenho sempre que ficar atento e procurando novos trabalhos e novas coisas pra fazer, o que por um lado é estimulante e até agora tem dado certo.

Estou jogando futebol todo domingo a tarde, num time formado por estrangeiros e chineses. Tínhamos ganhado todos os jogos até este último domingo, quando perdemos por 3 a 2 de um time de africanos. De qualquer modo é sempre divertido, o campo é perto de casa (vou de bicicleta) e também conheço muita gente nova sempre.

Outra experiência bem legal que tive aqui, e merece um relato parte quando eu tiver tempo foi participar do TEDx na muralha da china, com palestrantes de todo o mundo falando sobre temas bem diversos como meio ambiente, felicidade, vinho, desenvolvimento chinês, empreendedorismo, escultura e outros tantos temas. Foi um sábado incrível onde conheci gente de todo lugar, como uma americana que trabalha na fundação Bill e Melinda Gates na China, e já conversou bastante com "o cara". O ponto alto do evento foi brindar com champanhe no por do sol no alto da muralha, ouvindo cartas inéditas que Gandhi escreveu na prisão! Demais!
Mas depois dou detalhes e mando fotos desse dia fantástico. Só é curioso pensar que foi a segunda vez que fui na muralha da China, sendo que só fui uma vez no Cristo por exemplo.

Fora a muralha, outro passeio mais turístico que fiz foi passar o dia no Summer Palace, que era o jardim dos imperadores, com um lago enorme e palácios e templos em volta. É um lugar que deve ser visitado em Beijing, e que eu não tinha conseguido ir na última vez que estive aqui, em 2009.

Bom, de forma bem resumida esse foi meu primeiro bem movimentado mês de volta à China, desta vez não mais na cidade da pimenta, mas nessa capital gigante, poluída mas tão interessante que é Beijing.

Se eu ainda tinha alguma dúvida se foi uma boa decisão vir para cá, acho que a perdi em algum lugar por aí, e não tenho nenhuma vontade de encontrá-la!

Grande abraço!
Zàijiàn!

fotos:

 noite em Guomao

 hotpot: você escolhe o que quer comer, eles trazem e você cozinha na própria mesa

há vários prédios com arquitetura interessante aqui em Beijing, como esse do canal de TV CCTV 

campos de futebol onde participei do EuroCup 2012 Adidas representando a França 

Minha bicicleta usada (150 rmb) 

Performance de Wushu e Taiji na Universidade de Línguas aqui de Beijing 

Um dos palestrantes que gostei mais no TEDx, falando sobre o meio ambiente na China e o que o governo está fazendo para criar alternativas viáveis 

Labamba, um bar restaurante mexicano aqui em wdk que tem caneca de cerveja por 5rmb! 

Passagem do trêm em frente à estação de metrô aqui de wdk

terça-feira, 22 de maio de 2012

S02E06 - Primeiros dias em Beijing!

Nimen hao!

Após um voo tranquilo de frankfurt, mas que devido a troca de fuso (+6h em relação Frankfurt) não consegui dormir, finalmente cheguei ao meu destino final: Beijing, a importante capital da potência China!
Logo já peguei o trem expresso e fui para a casa de Egon, um chinês que me hospedou por alguns dias e encontrei no site couchsurfing. Ele foi muito legal e preparou um 'quartinho' para mim, onde fiquei até o último domingo (4 dias). O apê dele é muito legal, o único porém é que era meio longe do centro e de muita coisa.

Bom, nesses primeiros dias aproveitei para reencontrar alguns amigos que estão morando aqui (olha aí Grafite, você está no blog!). Saí vários dias a noite, em restaurantes, bares, baladas e fui até num KTV. E olha, me diverti bastante no KTV, sério, mais do que eu imaginava.

Também aproveitei para buscar um apartamento e fazer algumas entrevistas de trabalho e coisas do tipo.
Achei um quarto num apê de 4 quartos, no bairro de wudaokou, que é melhor localizado e bem universitário (digamos, é Barão Geraldo de Beijing, hehehe). Divido o apê com um colombiano, um chinês e uma americana. O quarto é pequeno, e a janela dá para o corredor, mas tem ar-condicionado, a cama é boa, escrivaninha, cômoda.. E o preço (caro como todos os quartos nessa região), está bom pelo que ouvi falar.

Também andei bastante pela cidade, que é gigante mesmo. Não estou nem comparando com São Carlos ou Campinas. Estou comparando com São Paulo mesmo. Beijing é gigante, e confesso que não sei se é menor ou maior que a grande São Paulo.

Ah! E já consegui achar um grupo de futebol. No domingo fui jogar, uma hora da tarde, num time de estrangeiros com chineses (argentinos, chilenos, australiano, britânico, etc). Valeu pelo contato Grafite, o Stephan é muito gente boa! Entrei na meia direita, ou como diria o Miguel, na meia-cancha. Honrei a camisa brasileira, dei passes para gol e joguei bem, o tempo que aguentei. Já que tive que sair porque não estava em forma para jogar 90 minutos em campão. Mas logo pego o ritmo. Ganhamos de 4 a 0 de um time de chineses. O legal é que vamos jogar todo domingo a tarde. Tem também um outro campeonato de dia de semana, a noite, mas ainda estou pensando se vou participar, porque é razoavelmente longe daqui (mais de 1 hora de metrô). Veremos..

Também já achei uma escola de música, que aluga salas individuais com pianos (acústicos! não digitais) pela bagatela de 10RMB por hora (menos de 3 reais..). Estou pensando em ir lá uma ou duas vezes por semana para estudar, talvez umas 4 horas por semana.

Bom, já conheci bastante gente aqui também. Fiz uma entrevista que estou esperando resposta, tenho outra hoje, já comecei o trabalho com o Ricardo (77pb) no Brasil, e também já consegui um freelancer de editar vozes de computador em português para um software. Sabe quando você digita e o computador fala o que você digitou engraçado? Então, eu vou tentar deixar menos engraçado (ou não! hahaha).
É um trabalho de 8 a 10 horas, posso fazer em casa, e para parâmetros chineses, é bem pago (100 RMB por hora). Se você pensar que só esse trabalho paga metade do meu aluguel mensal..

Trabalho, casa, futebol, piano, novos amigos, balada,.. Bom, estou começando a ter uma nova vida aqui. Próximos passos imediatos são: comprar uma bicicleta, achar uma escola de chinês, resolver a situação do meu visto (urgente!).
Tenho que ver como estender meu visto, que é de dois meses. Talvez conseguir uma escola e pedir um visto de estudante, vamos ver.

O que ainda não comecei a fazer é tentar usar o pouco tempo livre que tenho para conhecer melhor a cidade. Em 2009, quando ficamos 10 dias por aqui, fomos para a muralha, cidade proibida, templo do céu, praça da paz celestial, e outros lugares. Mas ainda tem muitos lugares que preciso ver, como o Summer Palace, e outros.

Interessados, ver capítulos de Beijing na minha viagem em 2009:
Capítulo 37 - Saindo de Xian e 2 dias em Beijing
Capítulo 38 - Beijing 2, a muralha e mais..
Capítulo 39 - Cidade Proibida e Partindo de Beijing

Ah, não tirei muitas fotos nesses dias porque estou mais resolvendo as coisas, fazendo mudança, andando por aí. Assim que tiver fotos boas coloco lá no face e aqui.

Um abraço a todos e até o próximo capítulo!
Zàijiàn!

terça-feira, 15 de maio de 2012

S02E05 - Últimos dias em frankfurt e partida para China

Nimen hao! Hallo!

Após um breve tour pela alemanha, volto para Frankfurt esperar meu voo para Beijing, no dia 15.
Nestes dias aqui não tenho muita pressa para conhecer os lugares, já que andei bastante quando cheguei do Brasil com Sven e Paula como meus guias.
O que faço então é acordar quando quero, sair por aí meio sem destino e andar bastante.
Acabo prestando atenção em muitas coisas e crio também algumas teorias. Uma delas, por exemplo, é a de que o alemão, de modo geral, não sabe dirigir tão bem quanto, por exemplo, nós brasileiros. Por várias razões:

1- A maioria dos carros alemães são automáticos, o que facilita muito a direção, mas reduz suas habilidades de noção de troca de marcha, tempo do motor, arranque, etc.
2- É muito comum encontrar carros com diferentes tipos de sensor de estacionamento. Ou seja, eles não sabem fazer uma baliza ou garagem na raça, como nós.
3- Os alemães, que bom, seguem muito à risca as regras de trânsito, então não são tão suscetíveis à imprevistos como tomar uma atitude rápida quando alguém cruza o sinal vermelho, atravessa o pare, vem na contramão,etc. Coisas que os brasileiros estão acostumados a lidar,e por isso já estão mais ' espertos'.
4- Há poucas motos aqui, e as bicicletas andam nas ciclovias, que são na calçada. Então há menos "sustos" para os motoristas nas ruas.
Por esses e mais vários outros motivos, acredito que o brasileiro tenha uma técnica de direção melhor, ainda que, devido às melhores estradas, carros mais seguros e educação no trânsito, aqui tenha muito menos acidentes de carro do que no Brasil..

Bom, em resumo andei bastante pela cidade nestes últimos dias na Alemanha, fui em pelo menos mais uns 3 parques diferentes, um com uma piscina gigante aquecida! (fiquei até com vontade de entrar, hehe, apesar do frio).

Como tenho muita sorte, no sábado teve um festival de música na rua, num bairro meio longe do centro, e de graça. Peguei o programa do festival na internet (só em alemão) e parti para lá.
Quando cheguei, percebi que o festival era bem menor do que eu imaginei. Estava imaginando algo da proporção da virada cultural, mas tinha pouca gente, talvez pelo frio, não sei.
Mas foi bem legal. Primeiro vi um trio de rock formado por uns senhores, hehe. Depois vi uma mini orquestra tocando jazz e tango. Depois vi uma banda de blues beeem massa. E no final ainda vi um cara tocando violão solo demais, muito bem!
No blues eu pedi um wurst (salsicha típica alemã) e uma cerveja. O engraçado é que o festival começou e acabou cedo (18h-22h). Será que é pra não incomodar os vizinhos? Bom, pelo menos valeu pra conhecer mais diferentes lugares da cidade. Acabei voltando não muito tarde do festival.
No domingo tentei ir para Heildeberg, que é uma cidade ao sul que é bonita, mas desisti primeiro porque achei a passagem de trem um pouco cara, e depois porque já era meio tarde e a viagem ia demorar 1h30 cada trecho. Aproveite para conhecer mais outro parque por aqui!
Ah, um dos dias também fui num museu de história natural de Frankfurt, que é bem massa. O que me impressiona, não sei se já comentei isso, é que há muita coisa escrita em inglês na Alemanha, de modo geral. Até no museu, que é bem coisa de turista, não tinha muita coisa escrita em inglês.

Em resumo aproveitei para descansar, ler, andar bastante, comer comidas típicas, visitar parques e museus, fui num festival de música, ufa! Até que pra quem não queria fazer muita coisa esses 4 últimos dias de volta em Frankfurt (e os últimos na Alemanha) foram bem cheios! hehehe.

Amanhã acordo cedo, e pego o voo para Beijing. Chego lá na quarta às 6h (hora local).

Um abraço e até o próximo capítulo, já na China!
Zàijiàn!

+ fotos no álbum do facebook. link aqui










sexta-feira, 11 de maio de 2012

S02E04 - Berlin, uma cidade que respira história

Nimen hao! Hallo!


Depois de dias incríveis em Leipzig e Frankfurt viemos passar uns 4 dias em Berlin, essa cidade incrível, importante em vários sentidos, e que dispensa apresentações.
Logo na segunda-feira já saí para andar com Paula pelo centro. Passamos por lugares antigos como a Catedral, e de importância histórica, como o portão de brandenburgo, que dividida a berlin oriental da ocidental durante a guerra fria.
Berlin é realmente demais, todos devem conhecer. Cheia de parques, praças e prédios icônicos da segunda guerra ou da guerra fria.
Às sete da noite peguei minhas malas no hotel que eles estão hospedados e fui para a casa de kathi, minha amiga alemã com quem estudei junto em chengdu, e que eu não via desde então. Após alguma confusão com o metrô cheguei na estação próxima à casa dela (spandau), onde ela me buscou e fomos à pé para seu flat, bem perto.
O curioso foi que na penúltima estação antes de spandau dois fiscais do metrô vieram checar se eu tinha comprado mesmo o bilhete. Claro que estava tudo certo.
Ela e o namorado cozinharam (pasta) e conversamos bastante. Bem legal encontrá-la depois de mais de 3 anos.

Na terça acordei e fui atrás de completar duas missões. A primeira era comprar um carregador para a bateria da minha câmera. A segunda comprar, finalmente, um chip de celular alemão, o que tem facilitado muito a minha vida. Aliás, se alguém quiser me ligar por skype, até dia 15 meu número é +49 16115007016992 (eu acho! Hehe).
O engraçado ao comprar o chip foi que, ao comprar um chip pré-pago de 19€, veio de brinde um celular (bem simples é verdade), que como não precisava dei de presente para Paula.
Após completar as missões me encontrei com Paula e andamos bastante pela cidade, passei pelo muro e outros lugares importantes como checkpoint charlie, o monumento aos judeus (que é uma praça meio labirinto) e o monumento aos soldados soviéticos que morreram na tomada de berlin pelo exército vermelho. Sven estava participando de um evento para empresários no parlamento e nos avisou na hora que a Angela Merkel foi tirar foto com eles na escada, bem a tempo de nós a vermos e aproveitamos para tirar fotos dela também! Mais uma sorte que tive na viagem. A noite eu fui para a filarmônica de berlin. A ideia era só conhecer o lugar e o prédio, nem imaginava que era possível comprar interesso para o mesmo dia. Achei curioso que não havia nenhuma informação em inglês, só em alemão, então demorei um pouco para entender os preços. No começo achei que custava 200€, só depois vi que isso era o preço para vários dias. A sorte, ou azar, que tive era que naquele dia não era a filarmônica, mas sim a sinfônica da alemanha que ia se apresentar. Então ainda havia ingressos, e mais baratos. Paguei 15€ a inteira, num lugar teoricamente ruim, bem atrás da orquestra. Eu achei o lugar ótimo, porque ficamos há poucos metros deles, e de frente para o maestro! Foi mais um sonho realizado. 

Na quarta, penúltimo dia em berlin, encontrei com sven e paula no hotel e partimos de trem para Potsdam, uma pequena mas importante cidade ao sul de berlin. Ao chegar lá sven não estava sentindo-se muito bem, então foi com paula para o hospital, mas nada sério, logo ele melhorou. Enquanto isso eu aluguei uma bicicleta por telefone e saí pedalando por esta pequena e bela cidade. Passei por alguns lugares legais mas o mais impressionante, de longe, foi o parque e palácio de sanossuci, que pelo que entendi era onde morava o kaiser Frederico no século 17, ou algo assim. O lugar tudo é enorme, e se eu estivesse a pé demoraria horas para conhecer. Os jardins (foto da capa) super bem cuidados também são demais. Gravei um vídeo de toda esta aventura em Potsdam e coloco assim que editar. Voltei mais cedo que eles pois tinha combinado de jantar com Iris e Katharina. O jantar foi ótimo, de comidas típicas alemãs. Depois saímos para andar pela noite de Berlin, passando até por uma rua muito chique, onde tinha lojas da Bugati, louis vuton e outras. 

Na quinta pegamos a estrada meio dia de volta para frankfurt. 
Na verdade para uma cidade ao norte de lá, onde moram os pais do Sven, chamada Dreieich.

Em resumo, Berlin é uma cidade incrível, que todos deveriam conhecer por sua beleza, arquitetura e importância histórica. Adorei e aproveitei muito os poucos três dias aqui. 

Até o próximo capítulo. 
Zàijiàn!


Link para + fotos no facebook aqui
Catedral de Berlin

 monumento aos judeus

Ruínas romanas em Sanssouci - Potsdam 

                                                 Palácio em Sanssouci - Potsdam 

Sanssouci - Potsdam

Restaurante em Berlin 

O muro, claro 

Praça em Berlin 

O famoso portão de Brandesburgo, que divida Berlin oriental e ocidental 

segunda-feira, 7 de maio de 2012

S02E03 - Leipzig e a noite dos museus

Nimen hao! Hallo!


Depois de dois dias perfeitos em Frankfurt fomos sábado de carro  para uma cidade localizada na antiga Alemanha oriental chamada Leipzig, onde mora um casal de amigos do Sven.
Na estrada sem limite de velocidade (acho que na Alemanha é o único lugar que tem) era comum ver porches nos ultrapassando bem rápido, mesmo que nós estivéssemos a quase 200km/h. Imagina a velocidade deles então. É preciso falar que as estradas são excelentes e não tem nenhum pedágio. O Brasil deveria aprender com os alemães isso também.

Em Leipzig a curiosidade é que assim que começamos a subir as escadas para o apartamento do Tobby encontramos com um brasileiro morando também naquele prédio, que escutou a gente conversando. Coincidência?
Almoçamos lá mesmo. Eles fizeram tortilhas com recheio de queijo, milho e carne moída, que estava uma delícia.

A tarde passamos por um monumento em homenagem à batalha das nações, em 1813, onde finalmente napoleão foi derrotado pela rússia, prússia, suécia e áustria. Essa batalha foi aqui em leipzig. O que me impressionou foi o tamanho e altura desse 'cubo' gigante, bem maior que a estátua da liberdade por exemplo.

A noite, como eu tenho muita sorte, é o único dia do ano aqui que é a noite dos museus, quando todos os 78 museus (sim, 78, você não leu errado) ficam abertos a noite até uma hora, e pagando apenas 6 euros você tem passe livre por todos que conseguir visitar nesse tempo, incluindo ônibus, metrô e bonde para qualquer lugar!
Jantamos num restaurante italiano excelente e barato (7€ a pasta ao molho funghi) e fomos para alguns museus.
Primeiro passamos por um do egito,e vimos algumas múmias. Depois passamos por um museu da Stasi, e por último num prédio onde era uma prisão escondida onde a Stasi torturava e matava os presos políticos. Aqui parece que era o QG da stasi durante a divisão das Alemanhas, quando o lado oriental era governado pela URSS.
O chato da noite foi a chuva e o frio, que atrapalharam um pouco a gente andar de um museu ao outro. Mesmo assim todos estavam lotados.
Voltei para dormir num hostel bem ao lado da estação central.

Domingo
No domingo acordamos tarde, cansados. Fui a pé encontrar com eles na casa do tobby. Foi uma caminhada rápida de uns vinte minutos, mas já deu para sentir o frio de uns 5 graus lá fora. Saímos para o zoológico daqui, que com certeza é o mais incrível que eu já vi e um dos melhores do mundo. O frio e a chuva atrapalharam um pouco, mas os lugares mais legais eram fechados e aquecidos, como o aquário com tubarões e uma estufa gigante, do tamanho de um quarteirão, que reproduzia o clima do sudeste asiático, com árvores e animais de lá. Tinha até um rio dentro da estufa, onde podíamos pegar um barquinho e passar por túneis com explicações e efeitos sobre a origem e evolução das espécies, lembrando um pouco um trem fantasma. Tinha também umas pontes de corda bem no estilo indiana jones. Em resumo passamos umas duas horas dentro ds estufa, das quatro no zoo. Não deu para ver tudo, porque ele fechou às sete, mas encarar um gorila gigante sentado à um metro de distância, separado apenas por uma tela de vidro, já valeu todo o passeio. Deu para ver bem como ele estava triste de estar preso ali. Saímos do zoo, a chuva finalmente parou, e fomos jantar num restaurante chinês bom e barato também. Voltei não muito tarde para o hostel, mas cansado de mais um dia intenso.

Segunda saímos depois do café para pegar a estrada para berlin. Um detalhe que me chamou a atenção aqui é como o transporte público é excelente, sem nenhuma necessidade de ter carro mesmo. Acho que o único motivo dos alemães comprarem carro é porque eles pagam num bmw o que nós brasileiros pagamos num pólo, ou perto disso. Carro aqui é mais um supérfluo do que necessidade mesmo. Me chamou atração também uma cidade de 500 mil habitantes, como leipzig, ter 78 museus. Porque será que a Alemanha é um país tão rico mesmo? Assim que conseguir uma internet rápida mando fotos de leipzig porque aqui no hostel está demorando muito.
Um abraço!


domingo, 6 de maio de 2012

S02E02 - Chegando na alemanha - Frankfurt

Nimen hao! Hallo!


Para meus amigos ocupados ou preguiçosos, segue um ultra-resumo do post abaixo:
Chegada em frankfurt na quinta excelente (2 dias). Sábado parti para Leipzig. 

Fotos nos álbuns do facebook, link aqui

 Para os amigos com tempo, segue versão extendida, revisada e ampliada:
Após muitas despedidas, e bastante sorte, consegui pegar o primeiro voo em guarulhos na quarta e sim, já estou em frankfurt.
O voo foi tranquilo, só um pouco estranho pois andamos cinco horas pra frente no fuso horário. O que significa que eles nos serviram café da manhã no avião, mas já são três da tarde e eu acabei de acordar, hehe.

Quinta
Bom, logo que cheguei já peguei o metrô até a casa do meu mais novo amigo e anfitrião, que conheci através do site couchsurfing. Ele me passou todos os nomes gigantes e complicados em alemão, então foi tranquilo de chegar. Mas faço alguns comentários sobre o metrô aqui. Primeiro, ele é muito bom, com milhões de linhas e estações, bem sinalizado e organizado, claro.Segundo, ele é caro. 4,10 euros foi o que paguei para o trecho que peguei, do aeroporto até o centro, o que dá por volta de 11 reais (wow!). Terceiro, e isso é o mais legal, e deve ser assim em muitos outros países da europa, é o fato de não haver catracas para entrar no metrô. Há as máquinas para você comprar seu bilhete, mas não há roleta, nem nada do tipo. Aqui eles confiam na civilidade das pessoas, sem necessidade de uma catraca para chegar se você realmente pagou a passagem. Isso daria certo no Brasil?

Fui muito bem recebido quando cheguei na casa do Sven. Ele e sua namorada Paula merecerem um capítulo de agradecimento a parte. Logo já saímos e fomos andar pelo centro da cidade, passando por construções antigas e ultra modernas, bares típicos, igrejas e etc. Entramos na catedral, que é enorme, e além de muito bonita o que me chamou a atenção foi seu órgão enorme e um cravo antigo também. Paramos primeiro numa praça para tomar uma bebida de maçã com gás, bem diferente, e fomos para o rio main, que dá nome a cidade (frankfurt am main), e a corta de leste a oeste, com várias belas pontes antigas. Numa delas subimos para tirar algumas fotos do por-do-sol, que aliás acontece às nove da noite nessa época do ano aqui. Depois jantamos num pub numa rua cheia de bares. Eu comi franjfurt schnitzel, que é carne de porco frita a milanesa, com molho de ervas e acompanhado de batatas, e tomei uma caneca de meio litro de cerveja da casa, bem gostosa. De aperitivo nós dividimos um prato típico que é queijo com cebola. Adorei principalmente o schnitzel, que estava uma delícia. Minha parte ficou quinze euros. Depois do pub voltamos para casa para pegar o carro e fomos, já quase onze horas, num parque no alto de uma montanha de onde dá para ver a cidade quase inteira. muito boa a vista também. Voltamos depois da uma e bem cansados para o apê do sven, que fica muito bem localizado, bem no centro de frankfurt.


Na Sexta acordamos cedo, e Sven e Paula fizeram um excelente café da manhã, com frutas, ovos, iogurte, sucos e pães. Saí às nove e meia para encontrar a Laura na estação central, que estava de passagem por frankfurt. Nós fomos até a biblioteca da universidade (ela precisava pegar um artigo) e depois num parque ao lado, que é também o jardim botânico. Muito bonito, muitas flores e plantas diferentes. O que mais nos chamou a atenção foram as enormes estufas de vidro que recriavam habitats naturais de diferentes ecossistemas, como savana, floresta tropical, deserto e outros. Inclusive a temperatura e umidade de cada 'sala' eram diferentes também. Vimos várias plantas e flores exóticas. Gostei de ver, pela primeira vez, um pé de guaraná. O parque é lindo, com lagos e grandes árvores e gramados. Vale muito a pena. Depois de lá voltamos a pé para a estação encontrar a mariana (irmã da laura), um amigo delas (caco) e fomos almoçar num ótimo e barato restaurante chinês ali perto. Me despedi deles e voltei para a casa do Sven de metrô, cansado um pouco de andar por horas pela cidade. Mas muito feliz de que deu certo de encontrar a Laura aqui na Alemanha, tive bastante sorte! Hehe Dormi um pouco e saímos umas oito e meia, ainda claro, para conhecer a universidade do sven, a Goethe-universitat. Os prédios são novos e muito bonitos. Há um prédio antigo e bonito também e ele disse que esse lugar hospedou hitler em frankfurt quando ele esteve aqui. Algumas coisas me chamaram a atenção nesse campus. Como ele é arborizado, parece um parque. A biblioteca só de direito e finanças é enorme e muito bonita e organizada. Vi umas salas de aula para 900 alunos! Tem um bar ao lado do bandeijão para os alunos onde você pode pedir churrasco e cerveja boa com desconto para quem é estudante! Isso não é demais? Na unicamp a cerveja é proibida, aqui ela é alemã e com desconto!

Paguei 3€ numa caneca de meio litro de cerveja de trigo. Outra coisa que me chamou a atenção em relação a universidade é o cartão que todos os alunos ganham e que lhes dá vários benefícios: passe livre em todos os transportes públicos do estado, passe livre em todos os parques e museus, e descontos em quase qualquer coisa e lugar. Aqui o estudante é muito incentivado. Na volta da universidade paramos numa sorveteria italiana muito boa (1€ cada bola). Voltamos cansados para casa. Sábado saímos para Leipzig, umas dez da manhã. Já estou em Leipzig mas isso fica para o próximo capítulo porque esse já ficou gigante.

Um abraço a todos!
Tschüs!

sexta-feira, 27 de abril de 2012

S02E01 - Arrumando as malas

Para os que sabem e os que não sabem, estou voltando para a China. Então agora estou lançando a segunda temporada, episódio 1, de francisconachina.blogspot.com !!

Na primeira vez, de Setembro de 2008 até Fevereiro de 2009, fui pra lá com grandes amigos (Serigate, Miguel, Grafite, Gebara e Gimenez) fazer intercâmbio, estudar chinês e economia e viajar também, claro!

Depois de voltar ao Brasil, me formar e trabalhar por alguns anos, decidi que agora é um bom momento para voltar para lá, desta vez para trabalhar e estudar chinês ainda mais. A princípio será por alguns meses, até Agosto, mas se achar boas oportunidades, fico por mais tempo, até o final do ano talvez.

Bom, muitas coisas acertadas e arrumadas, muita ansiedade na bagagem e grandes expectativas!
Na próxima quarta-feira, dia 2 de maio, tento embarcar para Frankfurt. Eu disse 'tento' pois vou com passagem aberta RIP da TAM, e só consigo embarcar depois que o checkin se encerra, e se houver vaga no avião. Ano passado viajei assim para os EUA, e não tive uma experiência muito boa quando tentei voltar do Nova York, já que tive que dormir quase 3 dias,  no aeroporto JFK, tentando embarcar em mais de 15 vôos consecutivos, até conseguir, finalmente, voltar para a grande pátria Brasil. Pelo menos essa história rendeu um vídeo engraçado (engraçado hoje, porque na hora não foi nem um pouco engraçado). Para os que não viram, aqui está:

Vídeo gravado em 29/5/11 - no aeroporto JFK (NY)

Bom, planos são planos. E a ideia é chegar em Frankfurt, encontrar com um amigo (Sven) que fiz no couchsurfing, e se tudo der certo passar alguns dias viajando, passando por Leipzig e Berlim, antes de voltar para Frankfurt e pegar o vôo no dia 15 de maio para Beijing, onde vou morar.

A ideia é manter este blog atualizado, contando mais uma vez as aventuras na China, dessa vez numa cidade enorme e onde tudo acontece, capital da segunda (e logo primeira) economia mundial, Beijing. Vamos ver se a internet de lá não irá bloquear este blog, minhas palavras e meus vídeos.

De qualquer modo já deixo aqui meu skype para todos que quiserem bater um papo e saber mais sobre esta nova aventura: franciscoassumpcao

Um abraço e até o próximo post!
Zàijiàn!