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segunda-feira, 16 de julho de 2012

S02E10 - Laos - Vientiane e Caverna de Kong Lo

Sabadii!!

Continuando o relato desta inesperada e incrível viagem para Laos, chegamos em Vientiane, capital do país, e dormimos um dia lá para pegar o ônibus cedo para a vila de Kong Lo.
Neste primeiro dia em Vientiane não fizemos muita coisa. Andamos um pouco pela cidade, pela orla do rio Mekong, que vem nos acompanhando durante toda a viagem, e jantamos num restaurante bem legal perto da nossa Guest House (Mixay Paradise). Aliás, recomendo essa guesthouse. É bem localizada, e o preço com café-da-manhã é bom também.

No dia seguinte pegamos o ônibus, por mais de 7 horas, para a vila de Kong Lo, que fica no centro do país, já a caminho de quem vai para o extremo sul, rumo à 4.000 islands, um lugar maravilhoso, quase já na fronteira com Camboja ao sul, e que infelizmente não conseguimos visitar dessa vez, pois levaria mais uns 3 ou 4 dias tudo isso.

Bom, chegamos no final da tarde na vila de Kong Lo, que já nos surpreendeu com a beleza (já coloquei fotos num álbum no facebook, vejam!). Campos de arroz com montanhas ao fundo, palafitas, rios, céu claro. Muito bonito, mesmo! Foi o lugar mais bonito que vi em Laos nessa viagem.

Uma coisa curiosa aconteceu na viagem de ônibus de Vientiane para Kong Lo Village. No meio do caminho uma das portas das bagagens se abriu e duas malas voaram pela estrada. Adivinhem quais duas malas? A minha e a da Chantal! Nós gritamos e o motorista parou o ônibus. Descemos e fomos recuperar as malas. A minha estava perto, no meio da estrada, e sem avarias. A mala da Chantal, praticamente destruída, estava numa moita, mais de 500 metros atrás! Pelo menos recuperamos as coisas, certo? Continuamos viagem e chegamos algumas horas depois.

Ah, esqueci de dizer que fomos junto com Robert e Christine, que reencontramos em Vientiane. Em Kong Lo achamos uma guesthouse com uma vista simplesmente espetacular, quartos ótimos e bem confortável.
Jantamos numa outra guesthouse próxima e fomos dormir. 
No dia seguinte cedo andamos pela estrada e pela floresta por 1 km até o ponto de onde saem os barcos para a caverna. Encontramos outros viajantes e, em 8 pessoas, dividimo-nos em 3 barcos. Cada barco com no máximo 3 pessoas mais 2 guias. Um na frente iluminando o caminho e o outro atrás manejando o motor.

Em poucas palavras, o passeio por 7 km caverna a dentro foi demais, um pouco assustador, bem legal!
No meio da caverna paramos numa ilha para ver estalagtites e estalagmites, e depois continuamos. Foi uma experiência e tanto!

Voltamos no final da tarde, e saímos para andar pelos campos de arroz e pela vila de palafitas ao lado da nossa guesthous. Ao entrarmos nessa vila, cheia de ruas estreitas de lama, minha impressão foi de que poucos ou nenhum viajante entra lá. Todos os locais nos olhavam como se fossemos bichos num zoológico, nos cumprimentando. E as crianças vinham correndo brincar com a gente. Mais uma experiência de vida, ver como mesmo tão pobres (eu digo, sem riquezas materiais), ainda sim eles vivem bem, e felizes, num lugar paradisíaco.

Vimos o por-do-sol literalmente no meio de um campo de arroz, e voltamos para jantar com outros viajantes que encontramos, numa outra guesthouse perto da que estávamos hospedados.

No dia seguinte, antes das 7h, pegamos o ônibus de volta para Vientiane, um pouco sentidos por ter que deixar aquele lugar maravilhoso, com belas paisagens e uma sensação de tranquilidade indescritível.

Bom, chegamos de volta em Vientiane por volta das 14h. O resto do dia andamos um pouco pela cidade e jantamos um peixe assado na brasa num lugar bem legal e barato, que estava ótimo!

No dia seguinte de manhã fui à embaixada da China fazer o pedido do visto. Paguei 52USD para ficar pronto no dia seguinte. voltei para o hostel, alugamos uma moto automática e fomos para o Buda Park, que fica há uns 25km de distância da cidade. O lugar é pequeno, mas bem impressionante, com estátuas gigantes de cimento e pedra de divindades, animais, do buda, etc. Passamos o resto do dia lá, almoçamos num restaurante ao lado. Todo o lugar fica logo em frente ao rio, e na outra margem desse rio já é a Tailândia!

A noite andamos um pouco pelo night market local, também na orla do rio, e jantamos num lugar perto do nosso hostel, onde encontramos por acaso o mesmo grupo de senhores australianos e viajantes que tínhamos encontrado na vila de Kong Lo! Após muitas histórias de vida e aventuras, voltamos cansados para o hostel.

No dia seguinte, dia 12 de julho, quinta, a Chantal pegou um voo para Malásia, seguindo viagem depois para Sri Lanka, e eu peguei meu visto (uhuu) e às 13h um ônibus para Kunming (China), com quase 30 horas de viagem bem cansativa, mas novamente num ônibus leito!

Em Kunming tive problemas para conseguir comprar bilhetes de trens, todos lotados para os próximos vários dias, então acabei comprando passagem de avião para domingo. Com isso tive o sábado livre para andar bastante pela cidade, entrar em alguns parques, sendo o mais legal que eu fui o parque do Green Lake, perto do hostel que fiquei (Lost Garden, vale a dica!).
O parque tem lagos bonitos, muito bambu, bem estilo chinês mesmo. Um senhor de uns 70 anos sentou-se ao meu lado para conversar, falando sobre a vida e me perguntando várias coisas. Foi mais uma experiência. Jantei na rua e voltei para dormir no hostel.
No domingo peguei um ônibus para o distante novo e suntuoso aeroporto de Kunming, e depois de poucas horas, aterrissei novamente em Beijing, e depois de mais uma hora de metrô e ônibus, cheguei finalmente em casa.

Hoje, segunda-feira, 16 de julho, completo exatos dois meses aqui na China. Tantas coisas já passaram, tanta coisa já fiz, e ainda sim só passaram dois meses. Valeu mais essa impressionante experiência de viagem ao Laos! Vou sentir saudade das pessoas que conheci na viagem, principalmente de Robert e Christine, que nos acompanharam por quase todos os lugares.

Agora é voltar à rotina (ou falta de rotina), das aulas de chinês, busca de trabalhos, futebol aos fds, baladas e novos amigos!

Fotos nos álbuns de Kong Lo e Vientiane no facebook!

Zàijiàn!

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